Zalgo



Primeiramente vou definir a palavra meme que, para aqueles que desconhecem, se refere a uma unidade cultural, um fator que se autopropaga entre as pessoas de maneira simples, permitindo-as identificar e entender esse facilmente. Um meme, portanto pode ser uma ideia, um som, uma imagem, valor moral... Fatores que são facilmente transmitidos entre seres humanos de maneira autônoma, por exemplo, a ideia de relacionar automaticamente a imagem do “For ever  Alone” com a ideia de solidão ou a imagem de um fantasma a um lençol flutuante, etc.

A palavra Zalgo se refere a um meme perdido na imensidão do universo virtual da internet , um meme que procura trazer a imagem de confusão, de desordem, do mais puro caos, unido-o ao horror. Sua ideia envolve a corrupção de uma imagem, foto, tirinha ou desenho, de forma a “demonizar” suas personagens. Comumente manchas negras são adicionadas aos seus olhos e boca e seus corpos tomam e são cercados estranhas formas, como se as trevas tivessem tomado o controle.

Nas tirinhas, sobretudo, vemos constantemente personagens com diálogos desconexos, com caracteres irreconhecíveis ou simplesmente desordenados, dando um ar de insanidade a esta. Comumente aparecem também as frases “Ele está vindo”, “Ele está perto” e a palavra “Zalgo”, como se Zalgo se referi-se a algum tipo de entidade sombria causadora do pânico.

Zalgo também recebeu diversas referências físicas com sendo um monstro sombrio. Ele seria “o demônio que observa atrás das paredes”, uma entidade responsável por espalhar a loucura. Essa abominação seria dotada de 7 bocas distribuídas pelo seu corpo, das quais 6 falam em idiomas diferentes, e quando a sétima se abrir, ela cantará a melodia do Apocalipse.

Na imagem abaixo temos claros exemplos, extraídos de vários lugares da internet,  do que é usar Zalgo em si: 
                       


O mistério, entretanto, não termina ai. Em meados de 1920, o escritor gótico H.P.Lovecraft criou a personagem Cthulhu (imagem abaixo), o deus demoníaco do caos e da insanidade que tinha milhares de seguidores. De acordo com as referências, a imagem desse deus seria a mistura caótica de um dragão, com um humano e um polvo. Zalgo têm uma clara inspiração neste deus, além da semelhança física (os tentáculos que podem ser vistos em várias tirinhas) e ideológica (trazer a desordem) a famosa frase de Zalgo “He comes” também têm uma sincronização de sentido com a de Cthulhu “Ele espera nas profundezas do oceano para emergir quando chegar a  era do caos apocalíptico”, de modo que ambos aguardariam o período certo e quando este chegasse, eles “viriam”.

O mais apavorante é que aparentemente Lovecraft inspirou seu monstro em um ser mitológico sumério, que realmente tinha um culto na antiguidade, uma criatura temida. Ele representaria o pânico, o pandemônio em si, o próprio desejo de ver o mundo se consumir no caos eterno e mergulhar nas profundas trevas, de infernizar e enlouquecer a mente de cada ser humano, até não restar mais nada... Estaria esse sendo o tempo de Zalgo? Estaria ele, realmente, chegando?





Eyeless Jack




EyelessJack (Jack sem olhos em inglês) se refere a um estranho ser humanoide recentemente popularizado em fóruns e sites de creepypasta por toda a internet.  Jack têm muitas características peculiares: utiliza uma máscara azulada (ou o que também parece ser, pele), um traje negro encapuzado e principalmente, o ponto mais sinistro dessa “coisa”  que constrói seu nome, o fato de no lugar de suas esferas oculares (o suposto buraco de sua máscara) existirem dois grandes vazios negros, sombrios, de onde as trevas escorreriam.

Sem olhos, o ponto da existência de Jack seria busca-los. Suas vítimas, dormindo, seriam visitadas sequencialmente durante várias noites, nas quais ele observaria seus esféricos alimentos. Então, nas últimas noites, extraída seria a visão do individuo, olho após olho.

Quando não os estivesse usando, quando a hora fosse de os fechar, mergulhando-os nas sombras, ai é que ele viria, para buscá-los, garantindo que as luz nunca mais fosse vista. Seus grandes vazios seriam a sua ultima visão, guardada pela eternidade como a imagem aterra doura daquele que te cegou.

A seguir temos o suposto relato de encontro com a criatura que anda circulando pela internet, cuja tradução foi retirada do site: www.terramaldita.com.
“Olá, meu nome é Mitch. Estou aqui para relatar a vocês sobre uma experiência que tive. Não sei se isso foi paranormal ou qualquer outro nome que as pessoas usam para descrever fenômenos sobrenaturais, mas depois que aquela coisa me visitou, eu acredito em qualquer lixo paranormal.

Uma semana depois que fui morar com meu irmão, Edwin, assim que minha casa foi vendida, eu terminei de desempacotar meus pertences. Edwin gostou da ideia de eu ir morar com ele, afinal, passei 10 anos sem vê-lo, então também estava animado. Eu logo terminei de arrumar meu quarto e adormeci em minha cama.
Tudo corria normalmente, porém, uma semana após a minha mudança, ouvi alguns barulhos vindos da minha janela. Logo pensei que era apenas um guaxinim qualquer, então ignorei e voltei ao meu sono. Na manhã seguinte, conversei com Edwin sobre isso, e ele disse que era normal.

Na noite seguinte eu ouvi o barulho de minha janela abrindo e um estrondo. Parecia que alguém havia entrado no meu quarto e se esborrachado no chão. Pulei para fora da cama e olhei em volta, mas não vi nada. Simplesmente voltei a dormir, afinal, deve ter sido apenas minha imaginação. Assim que acordei, fui para a cozinha e quando meu irmão me viu, arregalou os olhos, largou a xícara de café e foi correndo no banheiro pegar um espelho. Quando eu vi meu reflexo naquele objeto, fiquei totalmente espantado : havia um corte enorme em minha bochecha esquerda.

Edwin me levou para o hospital, e meu médico disse que devo ter sido vítima de sonambulismo, porém, ele mostrou algo que fez meu sangue esfriar. Comecei a ofegar e meus olhos estavam arregalados de pavor. “ Você de alguma forma perdeu seu rim esquerdo na noite passada. Nós não sabemos como. Desculpe-me, Mitch. “ o médico disse.

A noite seguinte foi o meu ponto de ruptura. Cerca de meia-noite, eu acordei e me deparei com uma visão verdadeiramente horrível. Eu estava olhando cara a cara com uma criatura bizarra. Usava um capuz preto e uma máscara azul escuro, sem nariz ou boca olhando para mim. A coisa que mais me assustou foi que no lugar dos olhos, haviam apenas duas órbitas negras e vazias. A criatura também tinha alguma substância negra escorrendo de seus “ olhos “. Peguei uma câmera que estava nas proximidades de minha cama e tirei uma foto. Após tomar a imagem, a coisa pulou em cima de mim e tentou abrir meu peito com uma garra, com a finalidade de chegar aos meus pulmões. Eu me defendi chutando-o no rosto. Corri para fora do meu quarto desesperado, aquela criatura ia arrancar todos os meus órgãos. Disso eu tinha certeza.

Fui para fora da casa do meu irmão, indo em direção à escuridão. Finalmente acabei numa floresta perto da casa de Edwin. Tropecei em algo e cai inconsciente no chão.

Acordei no hospital, ainda espantado com a situação. O médico que havia me tratado antes entrou no quarto com alguns papéis em mãos. “ Eu tenho duas notícias para você, Mitch. Uma é boa e a outra é péssima. “ ele dirigiu seus olhos para mim. “ A boa notícia é que você teve ferimentos leves, e seus pais estão vindo para buscá-lo. “ Suspirei de alívio ao ouvir. “ A má notícia é que seu irmão foi morto. A causa da morte é desconhecida … Sinto muito. “

Meus pais me levaram de volta para a casa de Edwin para recolher os meus pertences restantes. Ao entrar no meu quarto, tive uma imensa sensação de medo, mas tentei manter a calma. Recolhi uma caixa e minha câmera que estava joagada no chão ao lado da cama e saí do cômodo. No corredor que leva para o aposento, vi o corpo de meu irmão estendido no piso e algo pequeno ao lado do mesmo. Peguei aquela coisa sem nem mesmo saber o que era e sai da casa, entrando no carro do meu pai. Preferi não mencionar sobre o corpo de Edwin, então suspirei e levei minha atenção até aquela coisa que eu tinha pego. Quase vomitei ao ver aquilo. O que eu estava segurando era o meu olho roubado, que estava mordido e com alguma substância negra sobre ele.”

A Morte de Bart



A Morte de Bart, ou “Dead Bart” como é mais conhecido, se trata de um episódio perdido da famosa série animada de televisão, Os Simpsons . Ele teria sido produzido pelo próprio Matt Groening (criador da série) durante a primeira temporada de Os Simpsons.

Os detalhes desse episódio são bem difíceis de se encontrar, pois todos os funcionários da Fox envolvidos com o show naquela época se negam a falar sobre o assunto. Assim, as únicas informações existentes sobre Dead Bart vieram de um individuo que encontrou uma página na internet com o link de download do episódio, um link deixado, por razões desconhecidas, por Groening.

Reza a lenda que um certo rapaz , que havia tomado conhecimento sobre o episódio, conseguiu falar com o produtor a sós após segui-lo de um evento. Não muito surpreso, acreditando se tratar de apenas mais um fan enlouquecido, Groening aceitou conversar com o jovem. Quando este mencionou o episódio perdido, o produtor ficou pálido. Desconfortável, trêmulo e sobretudo assustado por alguém trazer a tona aquele assunto, Groening pega um pedaço de papel e rapidamente anota algo nele. Ele então pede para que o jovem jamais toque nesse assunto novamente e logo após vai embora.

No papel estava anotado um endereço na internet, o qual o rapaz rapidamente acessou ao chegar em casa. O endereço levava a um website totalmente preto, aparentemente vazio, se não fosse por uma linha em amarelo contendo um link para download. O Garoto logo clicou e baixou o arquivo, curioso para descobrir do que se tratava. Logo em seguida começou a se manifestar um forte vírus na máquina do rapaz, corrompendo totalmente o sistema. Ele teve de formatá-la, porém, ainda teve tempo de recuperar o arquivo baixado, salvando-o em um CD.

Ao executar tal arquivo em seu computador, depois de formatado, o garoto percebeu que se tratava de um episódio de Os Simpsons e decidiu assisti-lo. A qualidade era baixa, semelhante a dos primeiros episódios da série, porém menos estável. Ele começava como um episódio qualquer, porém com uma relativa mudança de comportamento por parte das personagens principais: Homer parecia bravo, Marge mais deprimida, Lisa ansiosa demais e Bart, cheio de ódio, sobretudo pela família.

Inicialmente o enredo se refere a uma viagem de avião que a família está realizando para um lugar não mencionado. Durante a decolagem Bart, como de costume, está praticando suas “trakinagens” na aeronave. Quando o avião atinge uma altitude relativa a 15 mil pés, Bart, atrapalhado, acaba por quebrar uma das janelas da aeronave e é sugado para fora, despencando para sua morte.

O final do primeiro ato se da focando-se no cadáver de Bart, estirado no chão. Bizarramente o cadáver se encontra com um alto do grau de fotorrealismo e carnificina, tornando a imagem do personagem irreconhecível.

O segundo ato começa com a família Simpson em casa. Ao redor da mesa da cozinha, eles choram a morte do ente querido desesperadamente. O choro começa a se tornar cada vez mais realístico com o passar do tempo, diferente das dublagens normais dos Simpsons, como se os próprios dubla dores estivessem realmente chorando. O choro se estende por todo segundo ato.

No terceiro ato vêm a informação de que 1 ano havia se passado. A família está em péssimo estado: magra e depressiva. Eles então decidem ir visitar o túmulo de Bart no cemitério de Springfield. Além do misterioso sumiço de Maggie e dos animais da família, a cidade se encontra completamente deserta no trajeto que eles fazem até o cemitério. No cemitério, o corpo de Bart se encontra sentado em sua lápide, fora do túmulo. Os Simpsons começam então a chorar, parando pouco depois.

 A câmera começa a se distanciar lentamente deles e com ela é possível ver as imagens de outros túmulos do cemitério. Nestes túmulos estão gravados os nomes de diversos convidados dos Simpsons, alguns até que não tinham se quer chegado a fazer parte do programa ainda. Todos tinham datas falecimento marcadas, as quais, bizarramente correspondiam as reais datas de óbito de alguns dos participantes, como Michael Jackson e George Harrison. O mais estranho de tudo era que, dos convidados que ainda não haviam morrido, boa parte deles tinha a data marcada para o mesmo dia.

Sonho Ruim (Bad Dream)



Durante a noite, um casal dormia tranquilamente em seu quarto. Naturalmente as luzes se encontravam apagadas, cercando-os da mais pura escuridão. De repente o silêncio é quebrado, um pequeno ruído surge e com ele, um pequeno filete de luz. Este aumenta, cresce, e com ele, a iluminação começa lentamente a cortar a densa escuridão, trazendo um pouco de claridade ao ambiente. È uma pequena garotinha abrindo a porta, ela entra, se vira para a cama e diz: --Papai, tive um sonho ruim.


Respondendo ao som, incômodo por ter rompido a rigidez de um longo sono, um homem se move na cama. Ele esfrega os olhos, estica os braços e volta sua atenção para um brilho vermelho a seu lado, um relógio que marca 3:23 da manhã.


Suavemente ele diz: --Você não quer subir na cama e me contar sobre esse sonho? A garotinha então responde: --Não Papai.


Intrigado pela resposta da menina, que atravessou o corredor da casa e o acordou apenas para se negar a dizer a razão, ele pergunta: -- Mas porque não meu amor?


A garota, hesitante, então diz: “Porque no meu sonho, quando eu conto para você que sobre o meu sonho, a coisa vestindo a pele da mamãe se senta”


Por um momento, o homem encara a filha, paralisado. As cobertas do lado dele começam a se mover.


Bad Dream, adaptada, de autor desconhecido.




Temas Musicais Consertados!



Temas músicas do blog estão de volta, totalmente consertados. Vocês já podem voltar a aproveitar a melhor experiência do Terror/Suspense com essa lista especialmente escolhida para vocês!

Temas Musicais Quebrados



Ao que parece o hosteador dos nossos temas-musicais está passando por dificuldades técnicas. O Player estava causando diversos bugs no blog e evitando que qualquer postagem ou elemento deste fosse exibido, então, até que o problema seja resolvido, os temas musicais ficarão desativados. È uma grande perda para todos nós realmente...

Filmagem de 8mm de uma Possessão Real


O video conhecido como filmagem de 8mm de uma possessão real, em inglês “8mm footage of real possession”, se refere a uma gravação em videotape que supostamente teria chegado as mãos de uma família recém-mudada para uma nova casa no estado de Iowa, EUA.

De acordo com a história, ao se aventurar no sótão da nova casa um homem encontrou um peculiar videotape e, curioso sobre o conteúdo abandonado pelos antigos donos da casa, decidiu assisti-lo. Depois do que assistiu ele fez questão que nenhum membro de sua família pudesse chegar perto do videotape.

A gravação retratava a documentação do que era tratado como “um caso de possessão verídica”, e retratava documentava um homem, com aproximadamente 25, 30 anos de idade .A aparência do individuo era quase cadavérica: ele estava extremamente magro, coberto de cicatrizes, hematomas, cortes abertos (com bastante sangue sendo retratado no vídeo) e inclusive sem alguns dentes.

O vídeo retrata algumas cenas de automutilação (o cara chega a arrancar as próprias unhas), ataques epiléticos e até possíveis eventos sobrenaturais (uma porta se abre sozinha enquanto o câmera filma o “possuído”, ele se vira para esta e quando retorna, o homem sumiu da cama). Essas cenas horrorizantes continuam até que, no final do vídeo, podemos ver o possuído se suicidando, cortando a própria garganta.

Essa, se for real, seria uma das piores, se não a pior, documentação de possessão já feita. No entanto, a própria história se encontra no escuro sobre os detalhes desse fato.

Um fato interessante de ressaltar é que, durante toda a documentação, existe alguém junto do suposto possuído e a câmera está sempre filmando de maneira dinâmica (Alterando ângulos ou dando zoom). Porém, na última cena, quando o homem se mata, a câmera se encontra totalmente estática, sugerindo que ou o câmera não estava presente durante o suicídio, ou o “possuído” fez questão que ele não tivesse a chance de o presenciar nessa vida...

AVISO: O vídeo é pesado, é recomendada prudência do espectador.




Ningen




Ningen, que em japonês significa “humano”, seria uma estranha criatura humanoide que habitaria os mares gelados Antártica e as regiões de águas frias próximas. Supostamente a lenda de Ningen teria começado quando um grupo de cientistas japoneses pesquisava baleias nas águas da Antártica. Em certa altura da pesquisa, em meio ao gélico ambiente glacial, a embarcação japonesa avistou o que, a primeira vista, aparentava ser um submarino emergindo á distância. Ao se aproximarem, no entanto, os cientistas japoneses perceberam que o objeto disforme na realidade se tratava um grande ser vivo, diferente de tudo que já haviam visto.

Segundo com as descrições feitas deste assombroso colosso marinho ele apresentaria uma grande face espantosamente humanoide, razão do nome atribuído á criatura. O Ningen também é comumente caracterizado com braços muito semelhantes aos humanos e em certos casos, até com estruturas muito similares á pernas, apesar de ser mais comumente descrito com uma nadadeira, assim como uma gigantesca sereia.



Pouco é especificado sobre o comportamento do Ningen, especialmente porque não existem quase relatos de avistamentos da criatura (teoricamente o encontro com os japoneses é o único registrado), o que frequentemente implica no ceticismo sobre a sua real existência. Uma das explicações a esse fato seria que o monstro teria hábitos noturnos o que, somado com sua camuflagem natural e pouca frequência de navios na região antártica, explicaria o porque de sua descrição. Em outros casos, temos afirmações de que a criatura permaneceria normalmente em grandes profundidades, dentre outras teorias.

A única possível prova da existência do Ningen é uma imagem do oceano registrada pelo Google Maps no Atlântico Sul (Imagem abaixo). Nela podemos ver claramente um formato branco disforme no mar, que seria similar um animal com dois braços estendidos e uma calda.

Mesmo sem muitas evidências concretas vale destacar seguinte o fato: Apenas 8% dos oceanos são explorados... nunca se sabe o que pode se encontrar por ai.



Maria Celeste



O Maria Celeste foi um navio bergantino construído no século XIX na Nova Escócia, Canadá, e que ainda hoje é considerado como um dos maiores mistérios navais de todos os tempos. Seu nome carrega consigo a marca de maldito, e sua história uma série de catástrofes e desastres, dentre as quais temos a fatalidade de três capitães a bordo da embarcação.


A fama de maldito não foi levianamente atribuída ao Maria Celeste, afinal, o primeiro capitão morreu de pneumonia na viagem inaugural, o próximo quase afundou o navio colidindo com um barco pesqueiro (o que fez com que o Maria Celeste tivesse que ser levado para reparos em um estaleiro na costa Norte-Americana, onde um incêndio tomou conta do navio), outro foi demitido após colidir com um navio no canal da Mancha, um novo capitão se afogou em um acidente com o Maria Celeste no porto de Boston e por ai vai.


Após alguns anos de boa sorte, em 1867, a embarcação foi pega por uma tempestade na Baia Glacial, Nova Escócia. Apesar de ter sofrido graves danos, o navio pôde ser recuperado, porém foi vendido por seu proprietário para Richard Haines, que reparou, renomeou o navio, até então chamado de Amazon, de Maria Celeste e o preparou para velejar novamente.


Em 5 de novembro de 1872 a embarcação, sob comando do capitão Richard Briggs, deixava a ilha de Staten em Nova York, com uma tripulação de 6 homens mais a esposa e filha do capitão, rumo a Gênova, Itália. O Navio carregava uma carga de mais de 1000 barris de álcool, avaliada como sendo 4 vezes mais valiosa que o próprio navio. È ai que as coisas começam a ficar, estranhas.


Em 5 de Dezembro, outro bergantino, o Del Grantia se deparou com o Maria Celeste a deriva próximo á região do Estreito de Gibraltar, a aproximadamente 600 Km Oeste de Portugal. O Capitão do Del Grantia, David Reed Morehouse, imediatamente começou a se preocupar, afinal, era um velho amigo de Briggs e, tendo conhecimento de sua viagem, sabia que Briggs já deveria ter chegado a costa Italiana a muito tempo.


Depois de algumas horas sem sinal de vida visível a bordo do Maria Celeste, Morehouse decidiu abordá-lo para descobrir o que havia acontecido. O navio estava deserto , ninguém foi encontrado lá. O mais perturbador era que a embarcação não apresentava quaisquer avarias exterior ou interiormente que pudessem ter sido causada por algum motim, ataque pirata ou tempestade. A carga, salvo de 9 barris vazios, estava intacta, haviam suprimentos para mais de 6 meses a bordo e todos os pertences dos passageiros, inclusive os valiosos, estavam perfeitamente no lugar. Até uma lâmina de barbear foi encontrada ainda com espuma no local onde o capitão se barbeava, o que mostrava que aparentemente tudo estava normal.

A última entrada de Briggs ocorreu em 25 de novembro e não relatava nenhum problema ou indício de tempestade. Curiosamente, o único barco salva-vidas do navio não foi encontrado. A partir daí diversas teorias tentam explicar o que possivelmente teria acontecido, com expeculações que variam desde a exalação de vapor tóxico do álcool, terremotos embaixo d’agua e vão até monstros marinhos e OVNIS. Porém o destino dos tripulantes do Maria Celeste jamais foi determinado.


O destino final do navio se deu quando seu ultimo capitão tentou afundá-lo propositalmente na costa Haitiana para obter o seguro da embarcação, o que falhou. O capitão foi preso, mas os danos somados a fama maldita da embarcação fizeram com que esta fosse abandonada a deriva, até naufragar e se perder nas aguas. Recentemente, em 2001, seus restos foram encontrados perto da ilha de Gonâve no Haiti.

Octavius




Sem sombra de dúvidas a história do Octavius é uma das mais famosas entre as lendas de navios fantasma da história. Tudo supostamente começa em 1775, quando o navio baleeiro Herald, viajando pela costa Leste da Groelândia, colidiu com um navio a deriva, o Octavius.

Ao subir a bordo da embarcação, os homens do Herald descobriram toda tripulação morta, congelado e muito bem preservada pelo intenso frio ártico. Pela posição de alguns corpos, podia-se observar que vários deles haviam morrido enquanto ainda realizavam algum tipo de tarefa, o que sugeria que tiveram uma morte rápida.

O capitão do Octavius foi encontrado em sua cabine, junto de uma mulher e uma criança deitadas em uma cama, além de um marinheiro com uma caixa de fósforos, todos mortos. Com seu cadáver congelado em frente ao diário de bordo do navio, o capitão ainda estava com uma caneta em sua mão, sugerindo que morreu terminando de escrever o ultimo registro de bordo do navio.

Os marinheiros do Herald foram rápidos em sua visita ao Octavius, só levando dali o diário de bordo da embarcação, do qual, pelo estado congelado das páginas, só foi possível recuperar a primeira e a última página.

Elas relatavam que o navio deixou a Inglaterra com rumo ao oriente em 1761, e chegou ao seu destino no ano seguinte, sem maiores problemas. Ao que parece, no retorno, o capitão decidiu tentar um atalho pela traiçoeira e pouco conhecida, passagem Noroeste (a via marítima que liga o Alasca a Groelândia, passando pelo Círculo Polar Ártico).

Aparentemente ao iniciar a passagem, o navio ficou preso no gelo marítimo no Alasca, e lá permaneceu. Em um ambiente extremamente hostil e desabitado, a tripulação do Octavius permaneceu dentro do navio, por não ter outro abrigo por perto, esperando sua morte.  O ultimo registro do capitão datava de 11 de novembro de 1762 e ainda relatava o Octavius preso no gelo. Assim, de alguma maneira, o navio se desprendera e sozinho navegou por mais de 13 anos, conseguindo inacreditavelmente, atravessar a Passagem do Noroeste.

Para se ter uma ideia do feito, ao longo de toda a história, centenas de navios tentaram atravessar a passagem noroeste sem sucesso, boa parte jamais retornando para contar a história. A primeira travessia bem sucedida registrada foi do capitão Robert McClure no século XIX. Ele estava justamente naquela area atrás dos navios perdidos de outra expedição inglesa que tentava encontrar a tão perigosa Passagem Noroeste. O próprio Robert ficou mais de um ano preso no gelo durante sua busca e só sobreviveu porque outro navio o encontrou, e tirou ele e sua tripulação de lá. Assim mesmo tendo feito uma parte do trajeto em outro navio, Robert McClure foi o primeiro a cruzar a Passagem Noroeste com Vida. A primeira vez que um navio cruzaria sozinho tal passagem aconteceria apenas no século XX.

Depois do seu encontro com o Herald o Octavius continuou a navegar sem rumo, carregado pelo vento e correntes marítimas, nunca mais sendo visto novamente.

Quem quiser conferir, o Octavius aparece em um trecho do jogo Assassin’s Creed 3, na busca pelo tesouro do capitão Kidd.